Você sabe quem paga o preço pelas suas roupas?
Com essa frase de impacto e a presença de personalidades fortes da moda sustentável e estilistas como Stella McCartney dando entrevistas, o documentário de moda que critica o consumismo em excesso ganhou atenção da mídia e está cada vez mais popular e a partir dessa semana mais acessível a todos que quiserem o assistir por estar disponível no Netflix.
O documentário mostra a realidade por trás de consumirmos cada vez mais, desde o impacto ambiental ao impacto social mostrando como as pessoas nos países em desenvolvimento vivem em condições precárias para produzir as roupas que nós usamos e na maioria das vezes pagamos muito barato por elas. Trabalho escravo, doenças por conta dos produtos tóxicos que são feitos os tecidos das roupas que usamos, mães vivendo longe dos filhos, pessoas ganhando 150 menos do que nós pagamos por uma peça de roupa e empresas lucrando cada vez mais em cima desse serviço terceirizado. É tudo isso que o documentário prova chamando a nossa atenção para o que estamos consumindo sem pensar duas vezes nas consequências sociais e no impacto ambiental que estamos causando.
Qual é a alternativa que o documentário apresenta?
Essa resposta pode não ficar muito clara, mas o documentário dá mais alternativas do que pensamos para consumir com consciência.
A primeira alternativa que mais me chamou atenção foi o fato de existirem agricultores que produzem algodão orgânico que é um tipo de algodão criado para diminuir impactos ambientais do algodão “normal” utilizado pelas grandes indústrias que contamina o solo por conta dos agrotóxicos, então a ideia é procurar marcas que valorizem um tecido de qualidade que não prejudica o solo e as pessoas que vivem ao redor deste solo contaminado.
A segunda alternativa é procurar comprar em lojas que possuam além de uma legislação uma fiscalização das empresas terceirizadas que trabalham para mesma, para que essas lojas não compactuem com trabalhadores sendo escravizados fazendo com que nós não sejamos parte desse absurdo.
E a terceira alternativa que pode não estar no documentário explícita, mas quem lida com moda sustentável sabe, é se tornar cliente de confecções próprias locais. Por mais que essas confecções possam ter peças mais caras você deve analisar qual foi o custo por trás dessa confecção, ou seja, se essa confecção tratou em todas as etapas de produção as pessoas com dignidade, os preços serão mais altos, mas o preço real sem dúvidas é bem menor do que empresas que só pensam em lucrar com preços aparentemente cada vez mais baixos.
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Mudando o mundo começando pelas nossas próprias roupas!